quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Celulite

A celulite tem várias designações: Fibro Edema Gelóide (FEG), Paniculopatia Edematosa Fibroesclerótica (PEFE), Lipodistrofia Localizada, Mesenquimatose, Lipoesclerose, Dermatopaniculose Vasculopática, Paniculose. (BORGES, 2006).
A palavra de origem latina Cellulite é derivada de Celuae, que significa células mais o sufixo “it”, indicativo de inflamação, definindo seu significativo (BACELAR & VIEIRA 2006).
O Fibro Edema Gelóide (FEG), também conhecida como Celulite, é uma afecção que acarreta deficiência na circulação sanguínea e linfática, hipotonia muscular, levando á quase total imobilidade dos membros inferiores, com dores intensas e problemas emocionais (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
O que ocorre é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, não inflamatório, que se infiltra nas tramas, produzindo uma reação fibrótica consecutiva. Tem início com o aumento da célula de gordura, mudança no pH e alterações nas trocas metabólicas dentro do adipócito que está com o núcleo comprimido. Ocorre deste modo, o aumento da luz dos vasos e o adipócito comprime as células nervosas.  Esse aumento leva à distensão do tecido conjuntivo, provocando a perda da elasticidade. O organismo vai responder a essas alterações formando tramas de colágeno que vão tentar encapsular o extravasamento do adipócito, sustentando e abrindo a passagem para o sangue e levando a descompressão das células nervosas. Assim se formam o aspecto de “casca de laranja”, os nódulos, que são as respostas do organismo ao aumento do tamanho dos adipócitos (GRAVENA, 2004).     
            FEG é associado com a insuficiência venosa de membro inferior pela presença de telangectasias, sintomas de paresias, câimbras, sensação de peso, dor à palpação local, micro – hemorragias e diminuição da temperatura tecidual nos locais afetados (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
           Alterações microcirculatórias da FEG podem ser desencadeadas por insuficiência de esfíncteres pré – capilares, onde a função reguladora do fluxo sanguíneo encontra - se modificada nas áreas afetadas pelo Fibro Edema Gelóide. A alteração do esfíncter arteriolar pré- capilar leva a um aumento da permeabilidade capilar e venular, com estase circulatória e conseqüente edema na derma, nos septos interlobulares e interadipócitos. (BACELAR & VIEIRA, 2006).
            A celulite é diagnosticada através de uma anamnese  completa que tem grande importância para a escolha e realização do tratamento, como também um exame físico, composto por inspeção e palpação. Também é realizada a perimetria do segmento a ser tratado e mensuração de peso e altura (BORGES, 2006).
            Apresenta quatro formas clínicas, cada uma acometendo um perfil específico de pacientes, podendo também haver a evolução de um grupo para outro: Dura -  é um grande espessamento da pele, com um aumento considerável dos tecidos superficiais e as zonas atingidas conservam geralmente uma conformação bastante regular e uniforme; Flácida - representa a forma mais importante, tanto em número quanto nas manifestações aparentes; Edematosa - possui um aspecto exterior de um edema tecidual puro e simples e a  Mista - freqüentemente encontradas. (GUIRRO & GUIRRO, 2004)
Guirro e Guirro (2004) classificam de acordo com Ulrich (1982), considerando  a gravidade das lesões teciduais que surgem em três estágios:
1º grau ou branda – aspecto visível somente à palpação ou sob contração muscular voluntária, não tem fibrose, tem aspecto “casca de laranja”.
2º grau ou média – é de aspecto visível em algumas regiões e apresenta fibroses sem predominância. É também visível quando ocorre incidência de luz lateralmente, nesse caso, as margens são facilmente delimitadas.
3º grau ou grave – há fibrose com predominância, aspecto “casca de nozes”, o paciente apresenta sensibilidade e a  dor aumentada.
              O tratamento do Fibro Edema Gelóide requer o envolvimento de diversos profissionais, que possuem variados tratamentos e recursos.

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